Nela o entrevistado é o engraçadíssimo Marco Luque.
Olha isso!
No “Custe o que custar” (CQC), da Band, só ele não é jornalista. O ator Marco Luque, que apresenta ao lado (esquerdo) de Marcelo Tas e de Rafinha Bastos, o programa jornalístico/humorístico, desembarca no Rio, no fim desta semana, junto com o elenco do “Terça insana”. Ele vem para duas sessões do espetáculo, que faz sucesso na noite da capital paulista, que serão apresentadas no palco do Canecão.
Na peça, formada por esquetes, Marco Luque interpreta dois personagens, um motoboy (que também já chegou ao rádio, pela Rádio Mix), e o carioca Pepê, que tem o sotaque carioca bem carregado. No “CQC”, ele “atrapalha”, de maneira divertida e, muitas vezes improvisada, a apresentação de Tas e Bastos.
— Eu fico ali, meio peixe fora d’água, esse é bem o propósito da minha presença. O fato de não ser jornalista ajuda a ter outro olhar sobre as notícias. Sou uma espécie de contraponto do Rafinha Bastos, que é antenado, está sempre indignado com o que mostramos nas matérias. Tenho bastante liberdade de improviso. Claro que temos piadas que já estão previamente combinadas, mas muita coisa surge na hora. A gente se vira, brinca muito em cima dos erros — comenta Luque.
Esse improviso, Luque trouxe do teatro, em que já encenou, para surpresa de muitos, até peças do dramaturgo Plínio Marcos. Ele chegou ao “CQC” por causa de suas apresentações em peças como o “Terça insana”.
— A produção do programa me convidou em dezembro do ano passado. Eles estavam procurando profissionais no teatro e chegaram até a mim. Eu não estava pensando em fazer televisão agora. Já tinha recebido convite do “Zorra total”, mas, sem desmerecer o programa, eu queria fazer uma coisa diferente, não só levar meus personagens do teatro na TV. Achava que eles iriam se perder no meio de tantos outros, não era o estilo que eu queria — relembra Luque.
Quando conheceu o formato do “CQC”, o ator, de 34 anos, finalmente se rendeu e aceitou o convite para entrar na TV. Ele conta que o humor crítico, sem ser bufão, ajudou na decisão. A presença de Marcelo Tas (”um mestre”) no programa também. Um outro fator, mais inusitado, completa a lista de motivos.
— Eu sempre gostei de terno. Mas sempre pensava que, com a profissão que escolhi, ator, eu nunca ia precisar usar terno para trabalhar. Isso me deixava frustrado. Adorei saber que apresentaria o programa de terno — conta ele, brincando, bem ao estilo do personagem que interpreta, nas noites da segunda, na tela da Band. — Acho que foi o poder da mente.
O ator em cena no
Além do “Terça insana”, o ator trabalhou na “Companhia dos ícones” e no “Quarteto em ri maior”, sempre em São Paulo. Atualmente, além dos espetáculos, ele mantém o quadro na rádio e apresenta eventos. Ainda esse ano, também poderá ser visto no cinema, em seus dois primeiros trabalhos nas telas.
— Fiz uma participação pequena em “Bellini e o demônio”, de Marcelo Galvão, em que apareço em uma cena só. Já em “Rinha”, também do Galvão, fiz o Wilson, que é dono de uma das lutadoras de vale-tudo do filme. Estréia em setembro. É bem diferente do que faço no “CQC” — afirma ele.
Com 10 anos de carreria, Luque conta que já fez de tudo um pouco. Foi jogador de futebol e, como profissional, morou um ano na Espanha. Depois que pendurou as chuteiras, virou ator. Mas também trabalhou como garçom, monitor de acampamento, animador de festa infantil, caricaturista e palhaço.
— Também sou formado em artes plásticas, faço umas esculturas — completa ele.
E quando o ator Marco Luque vai sair da bancada do “CQC” e virar o “repórter Marco Luque”?
— Ah, esse boato vem rolando aí. Eu tenho vontade, mas não sei quando vou poder fazer. Os repórteres precisam de tempo para produzir as matérias na rua, eu não tenho essa disponibilidade durante a semana. Mas, vamos ver, pode ser que dê um jeito e comece a fazer alguma coisa — finaliza ele.
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